
O teste foi realizado na madrugada desta segunda, depois que registrado um defeito no sistema de revestimento com tubos metálicos, o que obrigou a reduzir o número de metros revestidos dos 96 iniciais a 56 metros.
"Devido a esta situação (o defeito), decidiu-se realizar um teste o mais real possível com a cápsula Fênix um, chegando até os 610
metros de profundidade", explicou ainda.
Os mineiros ficarão presos na cápsula por cintos de segurança.
A cabine pode chegar à superfície em 12 minutos, mas o tempo estimado para cada resgate é de uma hora.
capsula mineiros (Foto: Arte G1)A cápsula tem luz no teto e quatro tanques de oxigênio estão disponíveis no chão. Durante a subida, os mineiros irão se comunicar com as equipes de resgate com microfones instalados no capacete. Eles também precisarão usar óculos escuros, porque estão há muito tempo sem ver a luz do dia.
O sobe-e-desce da cabine de resgate pode ser perigoso. Se as paredes do buraco não estiverem firmes, terra e pedras podem cair em cima de quem está sendo resgatado. Por isso foi decidido pelo revestimento do túnel na parte de cima, onde está mais instável.
"Vamos colocar um mineiro sozinho em uma cápsula estreita e fazê-lo subir num elevador como se fosse da base ao topo do Pão de Açúcar", disse neste domingo (10) o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich.
Mañalich disse que as maiores dificuldades da retirada são a profundidade e a inclinação (de dez graus) que há na subida – que tampouco tem uma superfície lisa. Tudo a uma velocidade de 1m/s.
Os riscos são de embolia pulmonar, nausea e vômitos. No contato com a superfície, o problema é a claridade. "Lá embaixo nós simulamos o dia, mas não é muita iluminação. É como um cinema. Aqui é muito mais iluminado."
Mapa localiza Copiapó, no Chile. (Foto: Arte G1)Nas últimas horas antes de subir, os mineiros deverão se preparar com atividades físicas cardiovasculares e uma dieta especial para evitar que sintam náuseas durante o trajeto.
Jean Romagnoli, um dos médicos que integra a equipe de resgate, explicou nesta segunda-feira que um sistema de monitoramento dos sinais vitais será instalado na cápsula, para que os mineiros sejam monitorados diretamente durante a subida.
"O objetivo é que possamos ler as constantes vitais, para que eles mesmos façam o controle em tempo real de seus sinais vitais", acrescentou - o que, além da utilidade óbvia, dará aos mineiros algo para fazer e se concentrar, o que ajuda a reduzir a ansiedade e o medo.
Quatro membros da equipe de resgate descerão pelo duto para ajudar os mineiros, disse o ministro da Saúde.
"O primeiro socorrista vai ser um socorrista mineiro, depois um enfermeiro, seguidos por outro mineiro e enfermeiro", detalhou.
Antes, havia sido informado que este trabalho seria realizado apenas por dois socorristas, um mineiro e outro paramédico da marinha chilena.
O aumento no número de socorristas que vão ajudar os mineiros foi decidido porque a operação de içar os mineiros durará de uma a dois dias e será necessário fazer turnos de trabalho.
O ministro informou ainda que não será divulgada uma lista com a ordem de saída dos mineiros porque isso só será definido no momento que tiver o início o resgate.
Dois helicópteros, vagas nos hospitais e 150 pessoas estarão à disposição para dar apoio.
G1
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