quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

HAXIXE - CONHECER PARA NÃO ENTAR NESSA


Não sendo intenção de fazer apologia, mas não vejo outra forma de aliviar nossos jovens e adolescentes, senão tratarmos o assunto na cruel realidade, mas didaticamente, pois entendo que não há como se defender, sem conhecer o inimigo, seus males causados, e outros meandros do imbróglio arcabouço jurídico brasileiro, quando tratou o legislador da edição da Nova Lei de Entorpecentes, e falo dessa forma dirigindo-me aos estudantes do ensino fundamental, secundaristas, e até do terceiro grau.

Mas vamos ao assunto, hoje falaremos, ou melhor, trocaremos idéia sobre a droga conhecida como “haxixe”. Inicialmente não vejo outra maneira para comentarmos sobre essa terrível droga, senão antes sabermos sobre o arbusto vulgarmente tido como “maconha”. Ou seja, cientificamente classificada como “cannabis sativa Lineu”, é o entorpecente mais difundido e utilizado no Brasil, embora aqui na região amazônica muito difundido e largamente usada a tal “mela” e na região centro-sudeste-sul, falam “merla”.Mas esse assunto fica para outra oportunidade.

Originaria a maconha, da Ásia é da família das “cannabinácias”, espécie sativa, e classificada botanicamente pelo sueco “Kar Von Linneu”.

Na antiguidade era usada, havendo relatos datado de 1739 a.C., do imperador Shen Nung, em livros sagrados e ainda “Nas Mil e Uma Noites” relatada por Marco Pólo.

Trazida para o Brasil provavelmente ou quase certo por escravos capturados na África, especialmente os Angolanos, e introduzida inicialmente no nordeste, onde encontrou solo propício ao cultivo, especialmente no Maranhão e Pernambuco, que são por sinal os maiores produtores. E essa produtividade ilegal, tem levado os órgãos repressores a constantes erradicações de plantações, incinerações e grandes apreensões e temos visto na televisão. O Brasil recebe ainda grande parte oriunda do Paraguai.

O componente responsável pelos efeitos maléficos no homem é o “tetrahidrocanabinol” (THC), princípio ativo isolado pelos cientistas em 1964, a meu ver recentemente, pois estávamos em pleno movimento “hippies”, e início dos anos de chumbo.

Droga alucinógena foi consumida largamente nesse período, guardadas as proporções, pois evidentemente na atualidade a população aumentou e muito. O tal “haxixe” é preparado com folhas, brotos-florais da planta (feminina), pois somente essa tem o princípio maléfico, e utilizado em forma de cigarro. Produz no organismo efeitos físicos e psíquicos que podem durar de uma a seis horas (se fumado), tais como:-

Ø Aumento da freqüência cardíaca.

Ø Aumento temporário da sensibilidade, maior percepção de cores e paladar,

seguido de diminuição de todas essas capacidades nos períodos inter-consumo.

Ø Euforia, tranqüilidade, sensação de poder.

Ø Aumento da pressão arterial sistólica quando se está deitado e a sua diminuição

quando se está de pé; aumento de apetite (larica).

Ø Ilusão de pensamento criativo, filosófico ou profundo: exemplo, as idéias

lhe parecem surgir mais facilmente.

Ø Congestão dos vasos conjuntivais (olhos vermelhos) e dilatação dos brônquios, diminuição da pressão intra-ocular.

Ø Percepção afetada do tempo; sonolência e apatia; sensação de relaxamento;

vontade de rir.

Ø Fotofobia, tosse, diminuição do lacrimejo e boca seca.



No século XII, os adeptos de uma seita conhecida como “HAXIXIN” , fundada por

“ Hassan Al Sabbad ”, chefe dos esmaelitas persas, contam os relatos, quando se encontravam sob o efeito dessa droga, assassinavam cruelmente os infiéis da seita.

Também utilizam sob a forma líquida, (gotas em cigarros, charutos ou bebidas) e também em bolinhas adicionadas ao tabaco.

Ao n. ver, não só pelos males que causam ao ser humano, essa droga leva o usuário à dependência e as síndromes e mais o traficante é apenado pela lei de Entorpecentes, e esses usuários também tem sua parcela de culpa, pois como no crime de furto, se não

houvesse o receptador, coisa seria bem diferente.

Em resumo, é um caminho praticamente de difícil retorno e avançando para as drogas mais pesadas, que em outra oportunidade creio poderemos comentar. E arrematando o assunto, SMJ de pessoas mais capacitadas, trazemos à baila:



● Produtores em alta escala: Líbano, Paquistão, Afeganistão e Índia.





Maior consumidor:

Logicamente os Estados Unidos da América.



Sergio Barbosa Neto

Delegado de Polícia Civil

Diretor da Div.Crimes c/

Patrimônio de Rondônia

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