sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SEGUNDO MENOR AGRESSOR SE APRESENTA

Mais um menor de 18 anos suspeito de promover agressões na Avenida Paulista, em São Paulo, no último dia 14, se entregou à Justiça, segundo a Fundação Casa (antiga Febem). Ele se apresentou por volta das 9h desta sexta-feira (26) na Vara da Infância e da Juventude . Até as 10h50 ainda não havia sido informado para qual unidade da Fundação Casa ele será encaminhado.

O adolescente de 16 anos se apresentou por orientação de seu advogado, José Carlos Dias, que impetrou nesta quinta-feira (25), um pedido de habeas corpus contra a internação provisória junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo. "O menino pode responder a acusação em liberdade. Ele tem um ambiente familiar muito bom, estuda. Ele estava presente [no momento das agressões], pode ter até batido em alguém, mas ele não participou dos atos mais violentos", disse Dias por telefone ao G1. Segundo o advogado, o adolescente está "arrependido" e "abalado".

Nesta quinta-feira (25), um outro menor, de 17 anos, se entregou. Ao todo, quatro menores e um jovem de 19 anos - Jonathan Lauton Domingues – são suspeitos de envolvimento em ataques a jovens na Avenida Paulista. Desde quinta, os menores estão sendo procurados pela Justiça.

Os menores deverão ficar até 45 dias na Fundação Casa para que Justiça decida se eles devem continuar internados definitivamente ou não. A internação é considerada provisória.

saiba mais

Suspeito de agressão na Paulista chega a unidade da Fundação CasaSuspeitos de agressão na Paulista são procurados pela políciaPolícia vai responsabilizar jovens por tentativa de assassinato na PaulistaOs pedidos de apreensão foram feitos pela Promotoria da Infância e Juventude, baseados nas imagens das câmeras de segurança que mostram os cinco jovens promovendo agressões.

Inquérito
A Polícia Civil deverá relatar nesta sexta ao fórum a conclusão do inquérito que apura os ataques. A polícia pedirá o indiciamento de Jonathan e dos outros quatro menores por tentativa de homicídio, formação de quadrilha e lesão corporal.

Na quinta-feira, o delegado assistente Renato Felisone, do 5º Distrito Policial, na Aclimação, na região central, onde o caso foi registrado, havia informado que os oficiais de Justiça enviados com os mandados de busca e apreensão não conseguiram localizar os adolescentes ou as suas respectivas famílias nos endereços fornecidos por ocasião da elaboração do boletim de ocorrência.

Jonathan, de 19 anos, é apontado por uma das vítimas como o responsável por segurá-la para que os outros garotos do grupo batessem gratuitamente nele na Avenida Paulista. A defesa de Jonathan alega que as imagens não mostram o envolvimento do jovem nas agressões.

A motivação para o crime teria sido homofobia. Apesar de o agredido ter dito que não é gay, ele teria sido confundido com homossexual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário