sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

EXÉRCITO VAI AJUDAR NA SAÚDE DE RONDÔNIA COMO FEZ NO HAITI


DECOM

Brasília - Discutir a situação caótica da saúde pública em Rondônia e definir metas para uma “guerra” contra a precariedade no atendimento do Hospital de Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, e em outras unidades no interior do Estado. Com estes objetivos, o governador de Rondônia, Confúcio Moura, e o Secretário de Estado da Saúde, Alexandre Muller, se reuniram na manhã desta sexta (07) em Brasília com o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a Secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Amaral.

Para o ministro Jobim o governador apresentou um dossiê completo sobre o estado de precariedade no atendimento emergencial da capital, mostrando fotos dos pacientes deitados pelos corredores do João Paulo, em condições sub-humanas, e a falta de condições estruturais para um serviço rápido e humano. Diante do quadro apresentado o Ministro da Defesa não só garantiu total apoio às reivindicações do governador como disse que atuará em parceria com a Defesa Civil (Ministério da Integração Nacional) e o Ministério da Saúde para que, juntos, possam traçar um programa de ação emergencial para a saúde em Rondônia.

Já na próxima terça-feira uma equipe conjunta de representantes dos ministérios da Saúde, Defesa e Integração Nacional estará em Porto Velho para realizar um diagnóstico completo do sistema de saúde do município. Entre as prioridades apresentadas pelo governador, Jobim já autorizou o auxílio das Forças Armadas para que, a exemplo do episódio ocorrido no Haiti em 2010, seja montado um hospital de campanha ao lado do Pronto Socorro João Paulo II. Neste hospital serão instalados cerca de 100 leitos, nos quais os pacientes serão atendidos pelos médicos do Estado e das Forças Armadas designados para a tarefa.

Confúcio explicou que, com esse “tratamento de choque”, os pacientes - inclusive os necessitados de cirurgias ortopédicas - poderão ter um atendimento mais rápido e as filas tenderão a diminuir consideravelmente. “Sabemos que não será um milagre e que os problemas não vão se acabar imediatamente, porém, não podemos ficar é de braços cruzados enquanto pacientes morrem nas filas, por impossibilidade de atendimento”, esclareceu Moura.

Já no Ministério da Saúde o governador e sua equipe se reuniram com a Secretária Executiva Marcia Amaral e técnicos da pasta para definirem prioridades nos programas a serem executados no Estado, bem como os repasses necessários para outras ações, principalmente nos hospitais regionais. A secretária confirmou seu apoio à “campanha de guerra” proposta pelo governador e disse que a estrutura necessária para montar o hospital de campanha será agilizada dentro do Ministério da Saúde.

(Matéria produzida pelo Decom com a colaboração de Davi Casseb, de Brasília)

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