segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

IRREGULARIDADES NA ELEIÇÃO DO SINSEPOL

Na ultima sexta-feira dia 29, foi realizada na sede do Sinsepol, a eleição para a escolha da nova diretoria que irá conduzir os destinos daquele órgão de classe para o próximo triênio, 2010/2013. O evento contou com a participação de seis chapas compostas de policiais lotados na capital e nas diversas cidades do interior, com urnas eletrônicas na capital e nas delegacias regionais, sendo utilizadas urnas convencionais de lonas nas demais cidades do estado, comparecendo as urnas cerca de 1,5 mil eleitores.

A eleição que deveria transcorrer sem problemas, foi recheada de vários incidentes, que pode ter influenciado no resultado final, que foi considerado bastante apertado, pois todas as chapas ficaram em torno de 300 votos cada, com uma diferença pequena entre uma e outra, contrariando assim todos os concorrentes, mesmo aqueles que se classificaram para o segundo turno, como o candidato mais votado Renan Maldonado, que uma hora antes de encerrar a votação, ingressou junto a Comissão Eleitoral com um recurso questionando o pleito.

Durante todo dia, tanto aqui na capital como no interior do Estado, o que se viu foram brigas e discussões envolvendo eleitores e a Comissão Eleitoral, pois alguns policiais, até aqueles fundadores do Sinsepol ao chegarem no local das urnas, descobriam que os seus nomes não constavam na relação de votantes, gerando com isso um enorme constrangimento e muita discussão, pois aqueles prejudicados, mesmo apresentando declaração assinada pela diretoria da Sinsepol comprovando ser sindicalizado, ou o contracheque com cópia do desconto relativo ao desconto da mensalidade, não conseguiram sensibilizar a Comissão Eleitoral.

Durante o processo de votação, o que se viu foram muitas irregularidades, como sindicalizados “barrados” eleitores votando em duplicidade. Os maiores problemas ocorreram com os servidores policiais do extinto Território Federal, que mesmo sendo fundadores do Sinsepol, foram constrangidos com a ausência dos respectivos nomes na lista de eleitores, tendo alguns constrangidos se retirado dos locais de votação, já outros fizeram questão de exigir certidão comprovando as irregularidades, tendo outros sindicalizados bastante contrariados, registrado ocorrências policiais para futuras ações de danos morais, já que foram humilhados na frente de todos, se retirando dos locais de votação, sem o direito de votar, mesmo comprovando ser policiais e sindicalizados.

No término da apuração várias chapas ingressaram junto a Comissão Eleitoral, solicitando a anulação das eleições, por entenderem que o resultado final pode não ter sido aquele desejado pelo eleitorado, pois com o impedimento de diversos sindicalizados e considerando o resultado bem apertado entre todos os candidatos o resultado poderia ser outro em diferente.

As chapas prejudicadas esperam agora o pronunciamento da Comissão Eleitoral, podendo até recorrerem a Justiça, pois consideram que o pleito assim cheio de vícios e irregularidades pode ter tido peso muito grande no resultado e modificado a vontade dos eleitores que assim se encontram inteiramente frustrados, pois todas as pesquisas apontavam resultado bem diverso daquele que foi divulgado na noite de sexta-feira.

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