domingo, 28 de março de 2010

A POESIA DE VAVÁ DA LUZ

Certa vez me sentindo incomodado
Procurei Dr. Marcelo Figueiredo
Homem probo, decente e educado.
Que sem lisura atarracou-me o dedo

Nessa profunda e eficaz dedada
O magno clínico diagnosticou
Que minha próstata estava adulterada
Era morada de um voraz tumor

Maligno, malfazejo, fedorento,
Canibalesco, sádico, sem pudor.
Terei que arrancar tudo de dentro
Só assim ficas bom, disse o DOUTOR.

Me disse ainda complacentemente
Me olhando bem nos olhos de tarado
Ficarás bom, mas gordo e impotente
Só língua e dedo são teus aliados

No rosto, o pranto sem querer caía,
Na mente, a graça por ter uma prole,
No peito, não sei a dor que mais doía.
Se era a do câncer ou da pimba mole

Foi quando um estalido assim me deu
Uma voz longe ouví então gritar
Não te aborreças, vai, o cú né teu.
Tesão não acaba, muda de lugar...

E eu que era macho, viril, forte,
Comía loira, branca preta, azul,
Fui o pimba de ouro aqui no norte
Candidato a ser prata lá no sul

De repente viraram os holofotes
Meu mascote tornou-se um urubú
E eu desejo a quem rir da minha sorte
Que a tesão passe toda para o cu


vavadaluz

É natural de Ingá de Bacamarte na Paraíba

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