segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PRESIDENTA OU PRESIDENTE?



Independente de partido politico, vamos respeitar o português.


Presidenta ou presidente?

Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a candidata Dilma Roussef e seus sequazes, pretendem que ela venha a ser a primeira presidenta do Brasil, tal como atesta toda a propaganda política veiculada pelo PT na mídia.


Presidenta???

Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua?

Bem, vejamos:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...

Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta.
Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não
tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta. "















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Gloria Jagger

2 comentários:

  1. Presidenta
    (feminino de presidente)
    s. f.
    1. Mulher que preside.
    2. Esposa de um presidente.
    Masculino: presidente.
    Definição para “presidenta” extraído do dicionário online, cujo link é este: http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx
    Isto comprova que Dilma não é assim, tão inguinoranta!

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  2. “Presidente ou presidenta”?
    Edson Moraes*
    A escolha de uma mulher para comandar o País é de um ineditismo e de uma importância tão significativos que precisa ser bem dimensionada nas mais diversas formas e manifestações. Até (aliás, principalmente) na nomenclatura de gênero. Dilma Roussef é presidente ou presidenta? As duas formas são corretas. Mas, convenhamos, neste caso o artigo definido feminino “a” encarna com maior propriedade a referência de gênero. E o Dicionário Aurélio – a fonte das fontes – ensina: o feminino de presidente é presidenta.
    O renomado jornalista e professor de Ensino Médio Hélio Consolaro afirma que a predominância do masculino na língua reflete o machismo. É o que explica, por exemplo, a rígida e hermética nomenclatura da hierarquia militar. As Forças Armadas e as polícias admitiram o ingresso da mulher em seus quadros, mas não admitem o ajuste da referência de gênero. No quartel não existe "soldada" ou "sargenta". É soldado, sargento... E os dicionários, em geral, seguem na mesma viela machistóide, assim como grande parte dos jornalistas e órgãos de imprensa.
    Um exemplo atual do desprezo à dimensão do que representa a quebra de um tabu secular com a eleição de Dilma é a justificativa da Folha de S. Paulo para continuar chamando de presidente a mulher que chega ao poder máximo de um país ou de qualquer corporação. Veja o que a Folha empunha como argumento: "Em português, as duas formas estão corretas, mas a feminina é pouco usada, diz Thaís Nicoleti, consultora de língua portuguesa do Grupo Folha-UOL. Para Pasquale Cipro Neto, o uso da forma presidenta é desnecessário e causa estranheza".
    Que me desculpem a consultora Nicoleti, o carismático professor Cipro Neto e a vetusta empresa dos Frias de Oliveira, mas ambos escorregaram para a vala (ou cova) rasa do machismo empedernido. Presidenta é um termo desnecessário? Causa estranheza? É forma feminina pouco usada? O que dizer então das trocentas expressões estrangeiras aportuguesadas e neologismos dos mais bizarros que invadem nossos canais de leitura e de cultura diariamente?
    Por acaso um cidadão de poucas letras que não possua carro – algo cada vez mais raro no Brasil de hoje – sabe o que significa a palavra recall? Se este cidadão se socorrer de um dicionário da língua portuguesa não a encontrará. Mas é uma expressão utilizada normal e generosamente nos textos da Folha, sem grifo, sem aspas, sem ao menos uma tradução. Ah, certo, a Folha, seus consultores e suas fontes esgrimirão a desculpa: "Esta expressão é bastante utilizada, caiu no domínio público".
    Porém, para cair no domínio público os vocábulos estrangeiros mais usuais e não aportuguesados – como recall, site e twitter, entre tantos – foram adotados pelos meios de comunicação. Se a Folha & companhia fizessem o mesmo com a flexão presidenta certamente os meios de comunicação estariam reconhecendo a real dimensão do que significa a eleição de uma mulher como chefe da Nação. E ainda ajudariam a fazer da língua portuguesa, dos textos jornalísticos e da leitura mecanismos mais eficientes de informação e de formação da sociedade de um país moderno, transformador e capaz de enfrentar e derrubar os muros das desigualdades e dos preconceitos.
    Dilma é a primeira presidenta do País!
    *Jornalista
    http://www.fatimanews.com.br/canais/noticias/?id=107940

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