terça-feira, 2 de novembro de 2010
ELEIÇÃO 2010 E A VITÓRIA DAS "MASSAS"
A eleição de Ricardo Coutinho para Governador da Paraíba é um fenômeno de 'massa’. Ou seja, transcende a organização político-partidária, rompe as barreiras do sistema político-organizacional tradicional, e simboliza o protagonismo do povo, das ‘massas’, no processo eleitoral.
Não há um fator exclusivo, determinante, que explique a sua eleição. Ricardo mantém a sua trajetória histórica de ser um ‘fenômeno' eleitoral. A vitória expressiva nas urnas é o resultado de um conjunto de fatores associados ao projeto político que ele representa.
O seu discurso tem a capacidade de alcançar as massas, a sua militância tem uma força e determinação muito grande, e a aliança política com Cássio e Efraim, tão criticada por alguns setores no início do processo, demonstrou ser correta e necessária. Além disso, a campanha de Ricardo foi realista, criativa, tocou na razão e na emoção das pessoas, simbolizando um sentimento generalizado de vontade de mudar a Paraíba, para crescer e se desenvolver.
Não se pode negar que o processo eleitoral teve uma influência muito forte no cotidiano das pessoas, de todas as camadas e setores sociais, que clamavam pela necessidade de mudança na política paraibana. Houve uma politização positiva da sociedade, envolvendo desde as crianças até os jovens e adultos de todas as faixas etárias; as pessoas debateram em casa, na escola, no trabalho, no mercado, na feira, em todos os lugares. Dessa forma, a candidatura de Ricardo se massificou em todo o Estado.
A maioria das pessoas queria a mudança, e isso foi dito de uma forma bastante expressiva nas urnas, com 1.079.164 votos. Mais uma vez, aquele no qual a maioria depositou a sua confiança para conduzir os destinos do Estado da Paraíba confirmou a sua vocação eleitoral: vereador mais votado, deputado mais votado, prefeito mais votado, e agora governador mais votado da história. Isso não é comum na política, e só aumenta a responsabilidade de Ricardo para atender as expectativas do povo.
Mas a luta para alcançar esse resultado foi muito difícil, e dura; foi uma conquista, e não uma dádiva. Apoiar a candidatura de Ricardo e levá-lo ao Palácio do Governo se transformou numa questão de afirmação da soberania popular, que decidiu não aceitar mais ser refém da elite política tradicional patrimonialista. Isso foi dito de forma muito clara e contundente nas urnas.
E apesar disso, a elite política patrimonialista não tem o menor pudor, e já se articula para questionar a eleição de Ricardo, com argumentos absurdos, para deixar explícita a sua dissonância com os interesses e os desejos do povo. Enquanto as pessoas ainda comemoram nas ruas, a elite tradicional já conspira nos gabinetes.
Na linguagem popular, questionar a vitória de Ricardo, e colocar em dúvida a sua prática eleitoral, se chama ter ‘cara de pau’. O grupo político que perdeu as eleições usou todo o poder da máquina do Estado para sufocar a oposição; o seu poder econômico tentou ‘comprar’ as eleições usando métodos e estratégias ultrapassadas, que desrespeitam a sociedade como um todo. Ainda assim, imbuídos dos seus interesses particulares e patrimonialistas, querem desprezar a vontade popular.
Esse tipo de atitude da elite patrimonialista é uma afronta à sociedade, de quem não entende, ou não quer entender, a mensagem das urnas. A soberania na democracia é do povo. Não querer entender isso, ou não respeitar isso, é não compreender o processo de construção histórica que vivemos, e não respeitar os valores republicanos e democráticos do Estado de direito.
A Paraíba assistiu atônita aos desmandos e abusos da candidatura da situação, e o resultado das urnas deixou muito claro que aqueles que dependiam diretamente da manutenção do 'status quo' são minoria. A maioria da população decidiu mudar o sistema de privilégios de poucos, para que o Estado possa ser de todos, desprivatizado, e consiga reverter a situação de ter os piores indicadores econômicos e sociais do país.
A elite tradicional quer atrapalhar um momento que deveria ser exclusivamente de comemoração de um futuro melhor. Agir contra isso, é agir contra o povo. Querer questionar a eleição de Ricardo Coutinho com acusações espúrias que não têm fundamento, através de advogados que já vislumbram perder os seus privilégios, é abusar da paciência da sociedade como um todo.
O jogo acabou. A Paraíba tem que seguir adiante no rumo do desenvolvimento econômico, social e humano com sustentabilidade, pelo bem de toda a sociedade.
A eleição de Ricardo foi propositiva, criativa e respeitosa com o povo. Em nenhum momento ele fez promessas em vão, ou sucumbiu à tentação de baixar o nível com os adversários. Ricardo fez um bom combate, no plano das idéias e da impessoalidade, pregando valores republicanos e democráticos, e é por isso que ele conseguiu massificar o seu discurso.
O povo deu a legitimidade que Ricardo precisa para enfrentar as forças conservadoras, e implantar o projeto democrático-popular na Paraíba. A maioria dos municípios confirmou que apóia as mudanças que ele representa. É preciso que as elites possam entender isso de uma vez por todas.
Ricardo não é apenas um político que foi eleito para governar a Paraíba; ele foi eleito para transformá-la. Essa é a expectativa do povo, e essa é a sua missão.
Postado por Gustavo Tavares da Silva
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