O APOIO DE TONINHO DO SOPÃO
Toninho do Sopão acaba de se eleger deputado estadual com cerca de 57 mil votos, numa clara manifestação coletiva de protesto da população, como aconteceu também agora em São Paulo com o palhaço Tiririca. Tais fatos também ocorreram num passado mais distante com o Cacique Juruna e com figuras outras, como a popular Maria Isabel Bandeira, conhecida de todos nós como Vassoura, que mesmo sem ser candidata, recebeu grande votação para se eleger vereadora na nossa capital, sem falar no Rinoceronte denominado de Cacareco, que no ano de 1959 recebeu no Rio de Janeiro 100 mil votos para vereador. Toda essa introdução é para dizer que os votos de Toninho do Sopão não pertencem a ninguém nem a ele mesmo, pois são decorrentes de um único momento e que evidentemente jamais se repetirá.
O APOIO DE TONINHO DO SOPÃO II
Logo ao se eleger, Toninho ao ser indagado a quem apoiaria no segundo turno para prefeito, revelou de forma clara e enigmática que fecharia apoio com aquele que oferecesse um melhor tempero para o seu sopão e eis que já no dia seguinte, de forma festiva o mesmo anuncia o seu apoio, ao projeto político de reeleição do governador Maranhão, que sequer o conhecia, em que pese o trabalho na área social que o mesmo realiza há 10 anos na nossa capital.Com relação a tal apoio o efeito mediático é sem duvida muito bom, mas na prática não terá nenhum efeito na questão que interessa que é somar votos, pois aqueles que votaram no Toninho evidentemente tanto votaram em José Maranhão quanto em Ricardo e claro no segundo turno irão repetir os respectivos votos, ou seja, quem votou em Maranhão vai continuar a fazê-lo e quem votou em Ricardo do mesmo modo. Por fim uma perguntinha: Qual será o tempero tão convincente que José Maranhão colocou no caldeirão de Toninho do Sopão, pra que ele tão rapidamente já aderisse assim sem pestanejar?
OS RADIALISTAS ELEITOS DEPUTADOS
Só aqui na Paraíba que os jornalista e Radialistas não “emplacam” na política, em que pese às inúmeras tentativas a cada dois anos. Com exceção claro, do radialista Enock Pelágio do Carmo, oriundo do vizinho Estado de Pernambuco e que aportou aqui na Paraíba nos anos 70 e após uma vitoriosa e polemica carreira como repórter policial, comandando o programa “Dramas e Comédias da Cidade” conseguiu se eleger vereador com uma votação recorde na nossa Capital. Diferente da Paraíba, o repórter policial Eli Aguiar do programa Comando 22, da TV-Diário, conseguiu se reeleger para a Assembléia Legislativa daquele Estado e Ferreira Aragão que comanda ao meio dia um programa policial na mesma emissora, denominado Rota 22, também obteve um mandato na Assembleia com expressiva votação.A turma daqui precisa melhorar muito.
OS CANDIDATOS DA TRANSPOSIÇÃO
Por falar em eleições, a questão da transposição do Rio São Francisco ao que parece não é um tema que empolgue o eleitorado, pois aqui na Paraíba os dois maiores entendidos e defensores do tema foram os deputados Marcondes Gadelha e Francisco Quintans, ambos com vários mandatos, o primeiro na Câmara Federal e o segundo na Casa de Epitácio Pessoa. Na eleição de 3 de outubro, Marcondes Gadelha preferiu figurar como suplente na chapa para o Senado Federal de Wilson Santiago e lançou seu filho Leonardo para substituí-lo na Câmara, já Quintans tentou a reeleição para a Assembleia, tendo Leonardo Gadelha e Quintans sido derrotados. Realmente a questão da água saiu pelo ralo e não empolgou a ninguém.
CÁSSIO E A SUA VOTAÇÃO
(Republicado por incorreção) - Quem acompanha a política paraibana, sabe que Cássio Cunha Lima tem numa história de sucesso e que sempre teve muito carisma e votos, pois aos 21 anos já se elegeu deputado federal constituinte, sendo um dos mais jovens da nossa história. Foi ainda diversas vezes prefeito de Campina Grande, derrotando sempre nomes tradicionais da política daquela cidade. Em 2002 na disputa para o governo do Estado, derrotou Roberto Paulino no primeiro e segundo turnos. Já em 2006 foi para a reeleição e novamente repetiu o feito, derrotando no primeiro e segundo turnos o então senador José Maranhão, que contava inclusive com o forte apoio seu então aliado e hoje adversário o prefeito de João Pessoa Ricardo Coutinho. Naquele pleito, depois de sucessivas e desmoralizantes vitórias, foi então acusado de utilizar programas da Fac – Fundação de Ação Comunitária e promover derramamento de cheques para aliciar eleitores e depois de longo e massacrante processo na Justiça teve o seu mandato de governador interrompido ainda na metade, ficando inclusive inelegível por três anos, tendo, portanto cumprido integralmente a pena que lhe foi imposta, com base na legislação então vigente. Agora aberta às urnas domingo passado, eis que Cássio totalmente fora do poder, sem ter em suas mãos uma mísera prefeitura, aparece com mais de um milhão de votos para o Senado, sendo mais votado de que seus poderosos adversários, que contaram com o apoio do governo do Estado e da Prefeitura de Campina Grande. Por tudo que foi dito, logo vem à inevitável pergunta: Quem já provou tantas vezes que é campeão de votos na Paraíba, precisaria utilizar um programa de governo para uma eleição que já vencera três vezes, duas com Roberto Paulino e uma com o próprio Maranhão?
O QUE DEU ERRADO NAS PESQUISAS?
Com o título acima a Revista Istoé que se encontra nas bancas falar sobre as pesquisas realizadas em todo o Brasil e os muitos erros cometidos, ou seja, as diferenças registradas entre as previsões desses institutos feitas na ultima semana e a realidade das urnas, cujos erros ocorreram em todos os níveis, pois erraram nas disputas dos governos estaduais, do Senado e da Presidência. Na mesma matéria a revista cita o caso da Paraíba, dizendo que o nosso estado foi uma zebra nas pesquisas eleitorais, pois até na pesquisa de boca de urna do Ibope, Maranhão levaria no primeiro turno com 53 dos votos. Pois é, pesquisa só deveria existir para consumo interno dos partidos e coligações, jamais deveriam ser publicadas, pois só servem para confundir e influenciar o eleitorado de forma bastante negativa.
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010
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