sábado, 15 de maio de 2010

MAIS POESIA DE MIGUEZIM

PEINHA DE NADA

I
O povo pediu um verso
Sobre o mandato-tampão,
Sobre a política local
E toda repercussão
Dessa Caixa de Pandora,
Que vem não é de agora
Envolvendo mensalão.

II
E quem dá opinião
É Miguezim de Princesa,
Que pode ser qualquer um,
Sem talento e sem beleza,
Porque todo o seu legado
Não é de um delegado
Que um dia usou sua destreza.

III
Não confundam a natureza
Dos versos que aqui se faz,
O Miguezim de Princesa
Pode ser um capataz,
Pode ser um jornalista,
Pode ser um repentista
Imaginoso e sagaz.

IV
O Miguezim de Princesa
Já passou pela peneira
De Roriz, Lula e Zedu,
Presidente além-fronteiras,
Pois atuou em Angola
E ainda trouxe a bola
De ouro bem brasileira.

V
No momento Miguezim
Se acha muito apertado,
Como funcionário público
Se encontra bem situado,
Porém, como repentista,
Artista e sindicalista,
Se diz radicalizado.

VI
Apesar de ter deveres
Como um funcionário,
Miguezim é outra coisa,
Embora mesmo o salário,
Mas Miguezim é poesia,
Em Brasília e na Bahia,
Ser poeta é ser contrário.

VII
Dizem que o cordelista
Já foi da foice e o martelo,
Já serviu ao doutor Bessa,
Como assessor singelo
E hoje João Monteiro
Tem um fiel escudeiro
Para enfiar o cutelo.

VIII
Confie o governador
Nos versos de Miguezim,
Faça o dinheiro render
Como folhas de capim,
Não toque fogo no aceiro
E não deixe o bandoleiro
Atentar coisa ruim.

IX
Não deixe que a lavagem
Se instale na capital,
Não permita que a dúvida
Se torne prova cabal,
Não permita cabimento
A quem pensando que o vento
Fosse o assoprar do mal.

X
Meu caro governador,
Tome o leme em sua mão:
Não deixe que a ganância,
Que só enxerga cifrão,
Dê argumento a Luiz
Pra decretar no País
A primeira intervenção.


Miguel Lucena, nasceu em Princesa Isabel na Paraíba. O mesmo é delegado de Polícia de carreira em Brasília e atualmente é sub-secretário de Segurança Pública

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