sexta-feira, 21 de agosto de 2009
DEPUTADO DA MOTOSERRA JULGADO
O ex-deputado Hildebrando Pascoal, será julgado nesta terça-feira pela Justiça Federal em Brasília. Hildebrando, que já foi até acusado de mandar matar usando uma motosserra e de empurrar as pessoas do avião empleno vôo, vai enfrentar o tribunal do júri pelo assassinato de um policial civil em Rio Branco, quando ainda era deputado estadual. Hildebrando é apontado como o mandante do crime. Numa situação normal, o caso seria julgado em Rio Branco, onde o policial civil Valter José Ayala foi morto com três tiros na cabeça, pelas costas, em 1997, dentro de um ônibus municipal. Mas o Ministério Público Federal pediu e a Justiça Federal do Acre concordou em transferir o julgamento para outra cidade, para evitar que os jurados sofram algum tipo de pressão do grupo de Hildebrando. - É uma quadrilha que até hoje, apesar das prisões, provoca muito terror sobre a população do Acre. Há muitos elementos do grupo que não foram presos - diz o procurador da República José Robalinho Cavalcanti, um dos três procuradores encarregados do julgamento a partir desta terça-feira. O julgamento começa na terça-feira, na 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília. Além de Cavalcanti, participarão os procuradores Pedro Taques e Gustavo Veloso. Os sete jurados serão selecionados dentre uma lista de 21, todos moradores do Distrito Federal, já sorteados a partir da lista normalmente usada pelo Tribunal de Justiça do DF nos tribunais do júri na capital. O promotor de Justiça acreano Álvaro Pereira acompanha o caso. Hildebrando será julgado com outros cinco réus, entre eles o pistoleiro Raimundo Alves de Souza, que teria disparado contra o policial civil. Os demais estariam envolvidos no esquema de fuga e preparação do crime. Assassinatos costumam ser julgados pela Justiça estadual. A morte do policial civil passou para a esfera federal porque a vítima iria testemunhar contra Hildebrando na subcomissão de investigação do Ministério da Justiça e do Ministério Público Federal enviada ao Acre em 1997. Assim, a Justiça entendeu que o crime serviu para impedir o depoimento, o que permite alçá-lo à esfera federal.
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