terça-feira, 27 de outubro de 2009

MORRE NO VOO E AINDA É FURTADA


Após depoimento à Polícia Civil do aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, Sandra Williams, filha da brasileira aposentada Maria Petrúcia Ribeiro da Silva, 68, morta no sábado (28) após desembarcar de um voo da TAM, lamentou a morte da mãe e afirmou que a aposentada foi roubada.Polícia do Rio vai ouvir passageiros que estavam no voo em que aposentada morreu Laudo vai determinar causa da morte de passageira após desembarque no Rio.Morte de passageira no desembarque põe em xeque emergência da Infraero no Tom Jobim."É muito triste que minha mãe, que nasceu neste país, venha para cá para morrer e ainda ser roubada", disse Williams, que registrou queixa pelo sumiço de US$ 8.000, cartões e documentos da mãe. Maria Petrúcia estava em um voo que partiu de Nova York, nos Estados Unidos, e desembarcou no Rio na manhã do sábado.
Sandra entregou à polícia a pochete de couro, com fundo falso, onde o dinheiro estava escondido. A costura feita por Maria Petrúcia havia sido rasgada. A delegada Teresa Pezza pediu à filha da passageira o comprovante de que o dinheiro havia sido sacado do banco. A delegada disse já ter informações de que a bolsa não deixou o aeroporto.Em nota, a TAM disse não ter "conhecimento de que a passageira carregasse quaisquer valores junto ao corpo ou em sua bagagem". A polícia já ouviu a filha da aposentada e também dois funcionários da empresa aérea.Um dos funcionários relatou que Maria Petrúcia saiu andando do avião e recusou a cadeira de rodas. Já no finger - corredor que liga a sala de embarque ao avião -, ela apoiou-se na lateral da ponte de embarque e disse que ia desmaiar. Foi acomodada na cadeira de rodas, até a chegada do socorro. Quando o médico chegou, tentou ressuscitá-la e providenciou a ambulância em que ela foi transportada para o departamento médico. Segundo a nota divulgada pela Infraero, a passageira apresentava quadro de parada cardiorrespiratória e foi submetida a manobras de ressuscitação. Levada na ambulância ao serviço médico, teve óbito constatado às 6h10.As divergências entre as notas oficiais da TAM e da Infraero giram em torno do pedido de atendimento de urgência e dos horários em que os fatos ocorreram. Por isso, a delegada Teresa Pezza pediu a gravação das conversas entre a cabine do avião e a torre de controle. A TAM afirma ter solicitado a emergência às 5h05, quase meia hora antes do pouso. A Infraero sustenta que só às 5h50 foi pedida a presença de médico no avião.Além das diferenças entre versões e horários, o inquérito tentará esclarecer o que houve com a pochete de Maria Petrúcia. Ela foi guardada juntamente com outros pertences da passageira pelo pessoal da Infraero e passada à empresa aérea, que a entregou a Sandra Williams quando desembarcou de Nova York, ontem.Dona de um salão de beleza na cidade norteamericana, a aposentada costumava alternar temporadas de quatro meses nos Estados Unidos e em Macaé, no Estado do Rio. Ela voltava de mais um período novaiorquino quando se sentiu mal, por volta das 2h da madrugada.A delegada, que apura ainda se houve omissão de socorro na morte da brasileira, informou que pediu o registro das conversas entre o piloto do avião e a torre de controle. Ela quer saber se a Infraero havia sido avisada com antecedência pela tripulação de que havia uma passageira que precisava de atendimento médico - como informa a TAM -, ou se o comunicado só chegou após o pouso da aeronave, conforme divulgou a estatal. Teresa Pezza também apreendeu um casaco e um par de tênis de Maria Petrúcia, que, segundo Sandra, têm marcas de vômito. "Ninguém havia me contado, até a filha depor, que a passageira tinha vomitado. Já pedi a lista dos passageiros que estavam sentados em volta dela para saber como ela se comportou durante a viagem, como o seu estado de saúde evoluiu", afirmou a delegada.De acordo com Pezza, o IML confirmou que a passageira teve uma trombose venosa profunda (TVP), doença causada pela imobilidade prolongada (como acontece nos voos) e que leva o organismo a formar coágulos nas veias, dificultando o bombeamento do sangue. Foram recolhidas vísceras para exames patológico e toxicológico. O laudo final da causa da morte deve sair em um mês.O corpo de Maria Petrúcia está sendo embalsamado para ser transportado para Nova York, onde vivem suas três filhas. A TAM está pagando as despesas do traslado. U

UOL Celular

Um comentário:

  1. Cham-me Jose tambem resido nos USA e tive recentemente um mal subito a bordo de uma de nossas aeronaves, porem vim a saber que a RDV 2 de 28/03/2003 que regulava os equipamentos a bordo de aeronaves e sua devida fiscalizacao foi revogada em 2008 e ficou como responsabilidade da ANAC assumir, porem desde a revogacao nada foi feito , criando-se um VACUO NA LEGISLACAO, Necessito do contato da filha em New York para que eu possa deixa-la ciente da falta de legislacao ...
    Alguem pode me auxiliar para que possamos regularizar esle vacuo - Jose Cabral jcabralusa@hotmail.com

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