sexta-feira, 18 de setembro de 2009

CRIME DA MOTOSERRA


O ex-deputado Hildebrando Pascoa, vai ser julgado pelo assassinato do mecânico Agilson Firmino dos Santos, o “Baiano” e de seu filho Wilder Firmino de apenas 13 anos, ocorrido em agosto de 1996. “Baiano” e seu filho Wilder foram vitimas do temido Grupo de Extermínio que agia no Estado nas décadas de 80 e 90, conhecido como “Esquadrão da Morte”. A facção criminosa -segundo o processo - era liderada pelo ex-coronel e ex-deputado Hildebrando Pascoal, figura principal do julgamento, que também terá como réus: Pedro Pascoal Duarte Pinheiro, Alex Barros Fernandes e Adão Libório de Albuquerque. No início do mês de junho de 1996, na Unidade de Recuperação Social Francisco de Oliveira Conde, o detento Gerson Turino e a sua esposa, Ana Cláudia Costa dos Santos, realizaram um acordo com o caçambeiro José Hugo Alves Júnior, o “Mordido”, no qual pagariam a importância de R$ 20 mil para ele interceder junto a um deputado estadual negociando a libertação do acusado, que cumpria pena por tráfico de drogas.No dia combinado para o pagamento, “Mordido” se encontrou com Ana Cláudia e recebeu o valor acordado, na ocasião ele estava em companhia de “Baiano”. Dias depois a esposa do presidiário descobriu que José Hugo não havia cumprido sua parte no acordo e o dinheiro teria sido usado na compra de um carro para “Baiano”.Com a descoberta do golpe, Gerson e sua esposa, através do presidiário Francisco de Souza Farias, o “Cai-cai” mantiveram contato com o Subtenente da Polícia Militar, Itamar Pascoal. O encontro aconteceu no interior do presídio, onde Itamar Pascoal era diretor.O diretor da penitenciária entrou em contato com José Hugo e cobrou deste o cumprimento de sua parte no acordo firmado com Gerson e Ana Cláudia. Em uma das ligações telefônicas o Subtenente teria ameaçado José Hugo de morte se esse não cumprisse com o prometido.Um novo encontro entre Gerson e José Hugo foi marcado, e dessa vez teria a participação de Pascoal como testemunha, o dia era 30 de junho de 1996. Minutos antes do horário marcado, José Hugo liga para Gerson e adia a reunião, fato este que deixou revoltados presidiário e policial, que passaram a percorrer a cidade na tentativa de localizar José Hugo.O encontro fatal - Passava das 11h00 do domingo, dia 30 de junho, quando Itamar Pascoal e Gerson Turino encontraram José Hugo abastecendo o carro no Auto Posto Parati, no cruzamento da Rua Izaura Parente com a Avenida Antonio da Rocha Viana. Após uma discussão Itamar Pascoal desferiu um tapa no rosto de José Hugo, que prontamente atirou contra a dupla, no tiroteio, Pascoal foi baleado e morto. Agilson Firmino, o “Baiano” que até o momento não tinha nenhum envolvimento no caso, pelo simples fato de testemunhar o crime, passou a figurar como cúmplice no assassinato do irmão de Hildebrando Pascoal. Uma verdadeira “caçada” foi organizada pela facção criminosa, na tentativa de capturar os envolvidos no assassinato de Itamar Pascoal. Além dos habituais membros do “esquadrão da Morte”, o grupo recebeu o reforço de policiais militares e civis.Posteriormente à morte de Itamar Pascoal, o “Esquadrão da Morte” desencadeou uma sequência de crimes bárbaros, entre sequestros e corpos mutilados jogados em via pública. As principais vítimas da fúria assassina do Grupo de Extermínio, foram Clerisnar dos Santos Alves, Hávila César dos Santos Alves e Arelc dos Santos Alves, esposa e filhos de José Hugo, o mecânico Agilson dos Santos Firmino, o “Baiano” que vivo teve os membros amputados com o uso de uma motosserra e foi enterrado vivo e o seu filho Wilder Firmino de Oliveira, de 13 anos de idade, cujo corpo foi colocado pelos criminosos para dissolver em ácido.



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