sexta-feira, 30 de julho de 2010

DEPUTADO DA ORAÇÃO DA PROPINA DESISTE DO PLEITO

Eduardo Bresciani
Do G1, em Brasília

imprimir O ex-deputado Junior Brunelli (ex-PSC) desistiu nesta sexta-feira (30) de disputar a eleição para a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Ele encaminhou o pedido de renúncia de sua candidatura ao Tribunal Regional Eleitoral. O ex-deputado brigava na Justiça para se candidatar ao cargo e chegou a ser expulso do PSC por este motivo.

Suspeito de participar do escândalo do mensalão do DEM do Distrito Federal, Brunelli ganhou notoridade ao protagonizar o episódio que ficou conhecido como a “oração da propina”.

Em um dos vídeos gravados pelo delator do esquema, o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa, Brunelli recebe dinheiro e ora pela saúde do ex-secretário junto com o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente (ex-DEM), que foi filmado também colocando dinheiro nas meias.

Envolvido nas denúncias, Brunelli optou por renunciar ao cargo de deputado distrital em março para escapar de processo de cassação que respondia na Câmara Legislativa.

Contrariando decisão de seu partido, ele solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF o registro de sua candidatura para deputado distrital. A ação fez com que o PSC decidisse no dia 15 de julho pela expulsão de Brunelli dos quadros do partido.

O ex-deputado teve a impugnação de sua candidatura pedida pelo Ministério Público Eleitoral do DF por não ter sido escolhido em convenção e pela Lei da Ficha Limpa, que veda a candidatura de políticos que renunciarem a mandatos para escapar de processos de cassação. Com a renúncia da candidatura, Brunelli solicita que seja extinta a ação de impugnação por “perda de objeto”.

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados. Arruda sempre negou as denúncias.

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