sábado, 4 de setembro de 2010

REVISTA "THE ECONOMIST" CRITICA LULA E DILMA


A revista ‘The Economist’ critica a postura do governo Lula ao afirmar que o País está "se apaixonando novamente pelo Estado". Na edição que chega às bancas nesta semana, a publicação britânica questiona se o Brasil está aprendendo as lições erradas da recuperação econômica, diante do papel mais forte assumido por empresas estatais após a crise.

A revista destaca declarações da presidenciável Dilma Rousseff sobre o desempenho de instituições como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES após a quebra do banco de investimentos norte-americano Lehman Brothers, que impediu um mergulho da economia brasileira. A publicação reconhece que o País reagiu rápido e a breve recessão de 2009 foi como um "pulo no trampolim", já que a previsão é de crescimento de 6% neste ano.

Para a The Economist, as afirmações de Dilma podem ser vistas como retórica pré-eleitoral, para ganhar votos de membros do Partido dos Trabalhadores. "Durante muito tempo, o PT acreditou em um socialismo fora de moda. Foi somente depois de seu fundador, Luiz Inácio Lula da Silva, ter descartado isso que ele foi eleito presidente, após a quarta tentativa, em 2002", diz a publicação.
Apesar do discurso de Dilma, a revista não acredita em mudanças no atual balanço entre os setores público e privado no Brasil, já que o Estado não tem recursos suficientes para construir estradas, rodovias e aeroportos. "Mas há muita evidência de que Lula, que muitos esperam que continue no poder atrás do trono se Rousseff ganhar, agora acredita que um maior papel para o Estado pode ser bom para o Brasil", escreve.

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