domingo, 15 de agosto de 2010

BRASIL - DILEMA NA URNA

(Sextilhas à moda popular)



José Virgolino de Alencar



O Brasil está vivendo num dilema,

Está num beco escuro e sem saída,

Ouve o rugir de feras sem saber

Que bicho é que ameaça sua vida,

Se correr, não há jeito, o bicho pega,

Se ficar, o bicho, então, terá boa comida.



O dilema está no caminho para a urna,

Em quem votar é um sombrio beco escuro,

Onde temos medo, insegurança e incerteza

De não se ver, do país, o seu futuro,

Se votar na situação, se ferrará,

E a oposição não sai de cima do muro.



A inércia toma conta do eleitor,

Do eleitor bem formado e esclarecido

Que sabe muito bem que os candidatos

Engrolam um discurso amorfo, sem sentido;

A eleição virou briguinha de comadres,

Nesse contexto o cidadão/eleitor está perdido.



Votar nulo é opção e é legítima,

Mas, infelizmente, só ajuda o pior,

Afinal, bom mesmo não há, são todos ruins,

E o trator do poder levará sempre a “melhor”,

Enquanto a nação estagnada em nada muda;

E a cantiga da perua, minha gente, é uma só.



Nesse dilema, por mais que se procure,

Não tem jeito, dá rima, mas não dá poema,

É mentira demais e não se encaixa na poesia,

É tudo falso, é matéria para indigestivo tema,

A palavra é mal-usada, maltratada, malsinada,

E a nação não escapará desse criminal esquema.




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15/08/2010


Poema


JVA


Brasil- Dilema na urna

(Sextilhas à moda popular)



José Virgolino de Alencar



O Brasil está vivendo num dilema,

Está num beco escuro e sem saída,

Ouve o rugir de feras sem saber

Que bicho é que ameaça sua vida,

Se correr, não há jeito, o bicho pega,

Se ficar, o bicho, então, terá boa comida.



O dilema está no caminho para a urna,

Em quem votar é um sombrio beco escuro,

Onde temos medo, insegurança e incerteza

De não se ver, do país, o seu futuro,

Se votar na situação, se ferrará,

E a oposição não sai de cima do muro.



A inércia toma conta do eleitor,

Do eleitor bem formado e esclarecido

Que sabe muito bem que os candidatos

Engrolam um discurso amorfo, sem sentido;

A eleição virou briguinha de comadres,

Nesse contexto o cidadão/eleitor está perdido.



Votar nulo é opção e é legítima,

Mas, infelizmente, só ajuda o pior,

Afinal, bom mesmo não há, são todos ruins,

E o trator do poder levará sempre a “melhor”,

Enquanto a nação estagnada em nada muda;

E a cantiga da perua, minha gente, é uma só.



Nesse dilema, por mais que se procure,

Não tem jeito, dá rima, mas não dá poema,

É mentira demais e não se encaixa na poesia,

É tudo falso, é matéria para indigestivo tema,

A palavra é mal-usada, maltratada, malsinada,

E a nação não escapará desse criminal esquema.

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