A juíza da 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, Ângela Catão, investigada pela Operação Pasárgada por corrupção e formação de quadrilha, tomou posse ontem como desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Na solenidade de posse estava presente o ministro Nilson Naves, do Superior Tribunal de Justiça, relator das investigações sobre o suposto envolvimento de Ângela e outros juízes federais com um grupo de lobistas acusados de facilitar o desbloqueio de dinheiro de prefeituras endividadas com o INSS.
A promoção de Ângela a desembargadora foi aprovada pelo plenário do TRF-1 em 4 de março, mas o presidente Lula só confirmou a indicação no fim de outubro. Segundo um dos investigadores da Pasárgada, Lula só assinou a nomeação porque a juíza recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e exigiu a ascensão funcional.
Ângela foi promovida por antiguidade.
Ela era a juíza mais antiga em atividade na área de circunscrição do TRF-1. Pelas regras em vigor, o presidente não teria alternativa. Ela foi investigada pela PF e pelo Ministério Público Federal num inquérito oficiado pelo desembargador Jirair Meguerian, hoje presidente do TRF-1. O desembargador até autorizou a apreensão de documentos em endereços da magistrada.
Na mesma operação, a PF até pediu a prisão da juíza. Mas o pedido foi rejeitado.
Fonte: O Globo
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