quarta-feira, 18 de novembro de 2009

MAIS POESIA DE MIGUEZIM DE PRINCESA

CALÇOLA RENDA MINHA



I

Na minha terra antigamente

Calcinha não havia, não.

Mulher que usava calcinha

Vivia na depravação.

Mas, com o passar do tempo,

Aprovaram o calçolão.



II

As mulheres se vestiam

Com imenso calçolão,

Feito de saco de milho

Ou de pano de algodão,

Amarrado na cintura

Com uma carreira de botão.



III

Por cima do calçolão,

Uma anágua duma cor só,

Um vestidão bom de chita

Que cobria o mocotó

E um cabelão comprido,

Amarrado num cocó.



IV

Na hora do vamos ver,

Era o maior fogoió:

Apagava o candeeiro,

Que se chamava fifó,

E o negócio era feito

No buraco do lençol.



V

Mas aí mudou a moda

(Costumes da capital),

Minissaia mostrou as coxas,

Provocou um vendaval;

Surgiu o cordão cheiroso,

Que se chama fio-dental.



VI

De tudo eu já vi no mundo:

Padre pegar criancinha,

Político cumprir promessa,

Lula rejeitar branquinha,

Mas ainda não tinha visto

Um senador de calcinha.



VII

Suplicy pegou um livro

Com o texto do Renda Minha,

Quando a Sabrina Sato

Apareceu com a calcinha,

Toda enfeitada de renda

E numa parte furadinha.



VIII

Ele não contou conversa,

Vestiu e saiu andando

E a Sabrina por trás,

Iludindo e incentivando,

Que doido com incentivo

Quando embeiça, cai matando.



IX

Suplicy pirou de vez,

Se sentindo escanteado,

Resolveu aparecer,

Não foi bom o resultado,

Melhor seria desfilar

Com um jerimum pendurado.



X

E para 2010

Eu sugiro esta parada:

Nem Dilma, nem José Serra

(Com sua cabeça raspada);

A campanha é Renda Minha:

O Suplicy de calcinha

E a Sabrina pelada!



Miguel Lucena é paraibano, natural de Princesa Isabel. O mesmo é delgado de pol´cia na Capital Federal.

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