CALÇOLA RENDA MINHA
I
Na minha terra antigamente
Calcinha não havia, não.
Mulher que usava calcinha
Vivia na depravação.
Mas, com o passar do tempo,
Aprovaram o calçolão.
II
As mulheres se vestiam
Com imenso calçolão,
Feito de saco de milho
Ou de pano de algodão,
Amarrado na cintura
Com uma carreira de botão.
III
Por cima do calçolão,
Uma anágua duma cor só,
Um vestidão bom de chita
Que cobria o mocotó
E um cabelão comprido,
Amarrado num cocó.
IV
Na hora do vamos ver,
Era o maior fogoió:
Apagava o candeeiro,
Que se chamava fifó,
E o negócio era feito
No buraco do lençol.
V
Mas aí mudou a moda
(Costumes da capital),
Minissaia mostrou as coxas,
Provocou um vendaval;
Surgiu o cordão cheiroso,
Que se chama fio-dental.
VI
De tudo eu já vi no mundo:
Padre pegar criancinha,
Político cumprir promessa,
Lula rejeitar branquinha,
Mas ainda não tinha visto
Um senador de calcinha.
VII
Suplicy pegou um livro
Com o texto do Renda Minha,
Quando a Sabrina Sato
Apareceu com a calcinha,
Toda enfeitada de renda
E numa parte furadinha.
VIII
Ele não contou conversa,
Vestiu e saiu andando
E a Sabrina por trás,
Iludindo e incentivando,
Que doido com incentivo
Quando embeiça, cai matando.
IX
Suplicy pirou de vez,
Se sentindo escanteado,
Resolveu aparecer,
Não foi bom o resultado,
Melhor seria desfilar
Com um jerimum pendurado.
X
E para 2010
Eu sugiro esta parada:
Nem Dilma, nem José Serra
(Com sua cabeça raspada);
A campanha é Renda Minha:
O Suplicy de calcinha
E a Sabrina pelada!
Miguel Lucena é paraibano, natural de Princesa Isabel. O mesmo é delgado de pol´cia na Capital Federal.
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