Poema paródia, inspirado no soneto de Basílio da Gama (Ao Marquês de Pombal).
Brasílio da Lama(+)
Não temas, não, lulada, que o povo justo
De teus desserviços jamais esquecido,
Pelos gritos de revolta enfurecido
Arranque daqui teu horrendo busto.
Tua triste figura nos causa susto,
Serás estátua de bronze derretido;
Em lama, sim, será insculpido
Teu nome que deu, a nosso país, alto custo.
Brasília impaciente, o povo irado,
Vem tolerando há muito essa incultura,
Num sistema corrompido, impropinado.
A troupe deslumbrada acha-se segura,
O ganho afanado, mas bem guardado:
Eis aqui, dos petralhas, a cópia pura.
(+)Heterônimo de José Virgolino de Alencar
sábado, 7 de agosto de 2010
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