sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

CONCURSO DA POLÍCIA CIVIL É SUSPENSO


Com mais de 40 mil inscritos e provas previstas para o dia 13 próximo, o concurso da Polícia Civil de Rondônia está suspenso, por tempo indeterminado, por uma decisão liminar proferida pela primeira Câmara Especial do Tribunal de Justiça, nesta quarta-feira (02), em mandado de segurança impetrado pela Associação dos Datiloscopista (Adepro) e Federação Nacional dos Profissionais da Papiloscopia.

Em análise preliminar, a justiça concordou com os argumentos das duas entidades classistas de que a função de datiloscopista exige nível de escolaridade superior – o que não consta do edital divulgado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Defesa e Cidadania.

A decisão será publicada no Diário da Justiça desta quinta-feira, quando o Estado será intimado a se defender.

Tudo teve início quando datilopistas rondonienses, utilizando o seu órgão de classe acionaram a Federação Nacional da categoria para assim "melar" o concurso, indiferentes ao mal que isso causaria, como ocorreu agora com a suspensão do certame por tempo inderminado, prejudicando assim, os milhares de candidatos, os cursos de formação, os colegas policiais sacrificados pela falta de efetivo e principalmente a própria sociedade que clama por mais policiais.

A propósito, um perito que pediu para não ser identificado, revelou: "Há poucos anos, para ser datilocopista não havia nenhuma complexidade, tanto que era exigido apenas o nível médio, depois se buscou o segundo grau e agora os mesmos desejam a todo custo o nível superior, só que o propósito é transpor de cargo, ferindo a própria Carta Magna, pois saltariam de datilocopistas para peritos, saindo de um salário inferior a R$ 2 mil, para cerca de R$ 11 mil mensais, mesmo que alguns jamais tenham cursado algum curso superior na vida. Como a anatomia humana não mudou, ou seja, a mão e os dedos continuam os mesmos, fica difícil imaginar porque agora para realizar um trabalho que era feito há decadas sem dificuldades, de repente se tornou necessário o nível superior. Eles têm excessos de pessoal, tanto que trabalham em vários turnos, tenho pena é do policial "ralando" principalmente no interior do Estado.A questão é que já estamos no final do ano e pode o concurso ficará inteiramente inviavel inclusive para o proximo ano, pois teremos eleições gerais e poderia surgir impedimentos de ordem legal para as novas nomeações". Concluiu.

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